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ARTIGOS PARA LEIGOSEntendendo a surdez
Novembro é o mês do Dia Nacional da Surdez. O termo médico mais empregado para definir os distúrbios da audição é disacusia, que significa “dificuldades na audição”. Este termo é o mais correto, pois, muitas vezes, o paciente apresenta dificuldades na compreensão dos sons e incômodo com sons altos, além da surdez propriamente dita. A orelha humana é dividida em 3 partes:
orelha externa orelha média orelha interna Figura 1- Anatomia da orelha
Várias doenças podem afetar audição a vários níveis, como o cerúmen (orelha externa), otites e otosclerose (orelha média), hipertensão, diabetes, doenças da tireóide, exposição a ruído (orelha interna). Cabe lembrar que a otosclerose é uma doença relativamente rara e congênita, que provoca a anquilose do estribo, não sendo,portanto, “arterisoclerose de ouvido”. Somente o médico otorrinolaringologista é capaz de diagnosticar e tratar estas doenças,muitas vezes com o valioso auxílio de métodos complementares, como os exames audiométricos, oto-emissões acústicas e BERA. O tratamento vai depender da doença de base, podendo envolver lavagens de ouvido ( em caso de cerúmen), tratamentos cirúrgicos ( para as otites crônicas e otosclerose) e protetização auditiva ( no caso de alterações na orelha interna e vias auditivas). No caso do idoso, a protetização auditiva é a modalidade de tratamento mais freqüentemente utilizada. Existem 3 fases na protetização auditiva: a indicação, a seleção e a adaptação da prótese. A indicação da prótese auditiva deve ser feita exclusivamente pelo otorrinolaringologista. A seleção do tipo de prótese mais adequado para cada paciente pode ser feita por fonoaudiólogas especializadas em protetização, sendo uma parte extremamente imoprtante, uma vez que uma prótese mal selecionada levará a incômodo para o paciente. A adaptação também pode ser feita por fonoaudiólogas especializadas, sendo um processo também muito importante em que o paciente aprende a obter os máximos benefícios com a prótese. Em todos esses níveis, a coordenação e escolha da equipe de fonoaudiólogas é da competência do otorrinolaringologista.
Dr. Ricardo Figueiredo, otorrinolaringologista
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