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Nesta seção do portal da Otosul, você encontrará artigos escritos pelo corpo clínico do consultório. Eles estão divididos em duas categorias: para médicos e para leigos. Periodicamente atualizaremos esta página com novos artigos.

 

 

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ARTIGOS PARA LEIGOS

TONTEIRA

 

Você alguma vez já rolou na cama para beijar seu cônjuge ou para desligar o despertador, ou até mesmo simplesmente para mudar de posição e o mundo começou a girar sem parar ? Já sentiu um grande mal estar ao descer de elevador ou ao levantar da cama, tendo algumas vezes até mesmo terminado no chão? Se a resposta é sim você pode estar tendo a labirintopatia mais comum que se chama vertigem postural paroxística benigna (VPPB) e estar cometendo o mesmo erro da maioria das pessoas , ou seja, vive tomando alguns remédios já conhecidos, pois eles te aliviam, e com isso nas várias crises que acontecem  você já logo apela para eles e passa a vida toda dizendo : a labirintite não tem cura ou eu não vivo sem o remédio tal.

 

A VPPB é comum em qualquer idade e pode ter várias causas. Por volta dos 70 anos, 50% dos indivíduos terão esta experiência assustadora podendo se apresentar como uma sensação de flutuação  ou mesmo sensação de morte eminente.

 

Em indivíduos jovens podem ocorrer por uso de alguns medicamentos por doença de Ménière, neuronite vestibular, enxaqueca ou após trauma na cabeça. Outras causas comuns são taxas altas de colesterol , diabetes, hipertireoidismo , disfunção hormonal ovariana, etc...

 

O sistema de equilíbrio se encontra no ouvido interno, que possui 02 porções distintas: a porção auditiva (cóclea) e a porção do equilíbrio, a qual chamamos de porção vestibular ou labirinto. O labirinto compreende 02 porções: uma delas é composta pelo sáculo e utrículo que são duas vesículas responsáveis pela informação da ação da gravidade sobre o nosso corpo. Os otólitos são carbonatos de cálcio e funcionam como se fossem uma pedra sobre essas vesículas. Os movimentos para cima e para baixo do nosso corpo se transmitem ao nosso cérebro através do peso  desses otólitos no interior dessas vesículas. A outra porção compreende os canais semi-circulares que são 03: posterior , lateral e anterior. Esses canais são responsáveis pela orientação espacial da cabeça em relação aos movimentos.

 

Normalmente o sistema vestibular funciona em perfeito equilíbrio. Entretanto, devido a uma grande variedade de alterações  durante a vida de cada um, poderá ocorrer a degeneração dos otólitos,principalmente do utrículo. Desta forma,os otólitos desprendem-se do utrículo e, como se fossem grãos de areia, podem penetrar nos canais semicirculares, passando a exercer peso no líquido dos canais. Tal fato leva a uma desorganização das informações geradas pelo labirinto ao sistema nervoso central. Por isso, não suportamos os movimentos da cabeça, pois logo vem a tonteira, que pode levar a conseqüências como queda , pânico etc.. Durante esses instantes o ouvido interno influencia o movimento dos olhos , dificultando a fixação das imagens.

 

O tratamento consiste em manobras visando a retirada dos carbonatos de cálcio (otólitos ) do canal semi-circular afetado, complementas por exercícios de reabilitação vestibular. Além disso , é fundamental tentar-se estabelecer uma causa para a degeneração dos otólitos, para que, com o tratamento adequado evite-se a instalação de novas crises vertiginosas.

 

O exame e o tratamento personalizado para essa enfermidade que acomete muitos já existe em sua cidade. A OTOSUL (Otorrinolaringologia Sul-Fluminense), dispõe do equipamento para diagnóstico e tratamento, com profissionais especializados. Consulte seu médico e venha  tratar-se.

 

Dra. Andréia Azevedo, otorrinolaringologista
Dr. Ricardo Figueiredo, otorrinolaringologista
Patrícia Mello, fonoaudióloga